A Guerra
de fronteira sul-africana, comumente referida como a Guerra de
fronteira angolana na África do Sul, foi um conflito que ocorreu
entre 1966 a 1989 no Sudoeste Africano (atual Namíbia)
e Angola entre África do Sul e suas forças aliadas
(principalmente aUNITA) de um lado e o governo angolano, a Organização
do Povo da África do Sudoeste (SWAPO), e seus aliados -
principalmente Cuba- de outro. Estava intimamente ligada com a Guerra Civil Angolana e a Guerra de
Independência da Namíbia.
A
guerra de fronteira na África do Sul é a maneira que se traduz a expressão
inglesa South African Border War e que em fontes oficiais
sul-africanas pós-apartheid corresponde à chamada Guerra
da fronteira com a Angola. .1 Mas talvez a
denominação mais apropriada seja a recolhida por James Cimet em sua
enciclopédia do conflito, onde chama de guerra pela libertação nacional
da Namíbia.2
Foi
um dos mais longos conflitos na África e
um dos maiores, tanto em número de tropas como carro de combates, artilharia
auto-propulsada, veículos blindados e aeronaves utilizadas por ambos
os lados.
Os
acontecimentos desta guerra ocorreram durante 1965 e 1988 entre,
por um lado, as tropas sul africanas, o grupo angolano UNITAcontra
os membros da SWAPO na Namíbia, os soldados de Angola e conselheiros enviados
por Cuba. Nela participaram indiretamente os Estados Unidos, Israel, Grã-Bretanha, França, Alemanha e Irã (antes
da Revolução Islâmica)
tomando parte da África do Sul e a URSS ao lado dos cubanos, angolanos e
etíopes que combateram junto com a SWAPO. Além disso, a guerra levantou um
número indeterminado de mercenários ocidentais, também do lado sul-africano e da
UNITA.
As
tropas sul-africanas não combateram explicitamente ao lado da UNITA, mas deram
apoio militar do Exército sul-africano para os insurgentes em Angola. A UNITA
não combatia diretamente a SWAPO.
A
guerra terminou com a independência da Namíbia e um período de paz entre as
nações do sul da África, que foram assinando a paz com os distintos grupos
guerrilheiros financiados pelo regime racista sul-africano. A longo prazo,
contribuiu para a reforma legal na África do Sul e o fim do Apartheid,
com a saída do isolamento
internacional que este país estava submetido.
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