A
corrida armamentista pode ser definida como a disputa entre os Estados Unidos
da América e a União Soviética pela supremacia bélica e militar, durante o
período da Guerra Fria.
Este confronto em busca da superioridade política e
ideológica ficou caracterizado pela inexistência de conflitos armados, porém os
investimentos em armamentos não foram abandonados. Pelo contrário, o
desenvolvimento da Guerra Fria estimulou a pesquisa e o desenvolvimento de armas.
Esta constante atualização do arsenal
das superpotências tomou proporções absurdas com o passar do tempo, gerando um
arsenal com capacidade de destruição muito maior do que o planeta poderia
suportar.
Esta competição teve início com o lançamento das duas
bombas atômicas americanas em solo japonês, em 1945. Quatro anos depois, a
União Soviética anunciou a conquista da tecnologia nuclear. A constatação do
grande poder de destruição deste tipo de armamento originou a chamada “hecatombe nuclear”, que assombrava o
mundo. Esperava-se o ataque de um dos lados, dando início a uma IIIª Guerra
muito mais devastadora que as anteriores. Esta preocupação desencadeou a
criação do “equilíbrio do terror”, o jogo político-diplomático que se
transformou no elemento principal na relação entre EUA e URSS.
A disputa também exigia uma estratégia de dominação, com
a utilização de alianças regionais e a instalação de bases militares em pontos
estratégicos. Os exércitos das duas potências mantinham seu aparato bélico
permanentemente apontados para o inimigo, com o objetivo de atingir o alvo a
longas distâncias.
A corrida armamentista duraria décadas, sendo banida a
partir da assinatura dos Tratados de Redução de Armas Estratégicas (Start) I e
II, em 1972 e 1993. Previam a extinção gradual dos arsenais dos Estados Unidos
e dos países integrantes da antiga União Soviética que detinham armas desse
patamar em seu território (Federação Russa, Ucrânia, Bielorrússia e
Cazaquistão).
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